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Petrobras pode voltar à distribuição de gás de cozinha

Petrobras pode voltar à distribuição de gás de cozinha

Em agosto, o conselho de administração da Petrobras aprovou o retorno da estatal ao mercado de distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP), mais conhecido como gás de cozinha ou botijão. Como parte de seu plano estratégico, a estatal planeja integrar essa operação com outros negócios no Brasil e no exterior, além de oferecer soluções de baixo carbono aos clientes. Atualmente, a Petrobras produz o GLP, mas a revenda é feita por distribuidoras privadas. A empresa deixou esse mercado durante o governo Jair Bolsonaro (PL), quando vendeu a operação da Liquigás. Ainda não está definido se a Petrobras voltará com venda direta ao consumidor emdash; incluindo entrega de botijões emdash; ou se atuará apenas como distribuidora, competindo com empresas privadas que hoje compram o gás da estatal para revenda. O g1 preparou seis perguntas e respostas para entender os planos da empresa e os possíveis impactos no preço do gás de cozinha. 1. Por que a Petrobras quer voltar ao mercado de distribuição de gás? Segundo comunicado oficial, a Petrobras busca eldquo;atuar em negócios rentáveis e em parcerias nas atividades de distribuição, respeitando as disposições contratuais vigenteserdquo;. A empresa destacou que a inclusão dessa medida em seu Plano Estratégico ainda está em fase inicial, tratada como algo eldquo;embrionárioerdquo; e em estudo. Coincidência ou não, a decisão surge em um momento em que o governo federal emdash; acionista controlador da estatal emdash; tem demonstrado insatisfação com o valor do botijão no país. Em maio, durante a inauguração de uma obra da transposição do Rio São Francisco, na Paraíba, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez críticas aos preços do gás. Para o estrategista Max Bohm, da Nomos Investimentos, a decisão causa preocupação no mercado por ser interpretada como eldquo;um passo político, mais do que econômicoerdquo;. eldquo;A primeira reação é negativa, porque a Petrobras deveria focar em negócios de maior rentabilidade, como o pré-sal. Essa retomada gera receio de que decisões estratégicas da empresa passem a ter peso político, algo que já prejudicou a estatal em gestões anterioreserdquo;, disse. 2. Como era a atuação da Petrobras na distribuição de gás antes? Até 2020, a Petrobras participava da distribuição de gás de cozinha por meio da Liquigás e de combustíveis líquidos pela BR Distribuidora (hoje Vibra). A Liquigás emdash; responsável pelo envasamento, distribuição e comercialização do GLP em todo o país emdash; foi privatizada por cerca de R$ 4 bilhões. O consórcio comprador foi formado por Copagaz, Itaúsa e Nacional Gás. Na época, o então presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, justificou a venda da Liquigás como parte da estratégia de reduzir dívidas, e concentrar esforços na exploração e produção de petróleo em águas profundas e ultraprofundas. Mesmo sendo lucrativa, a distribuição de gás gerava retornos mais baixos que a exploração para a Petrobras. A expectativa era que o pré-sal gerasse lucros muito superiores com o mesmo nível de investimento, explica Bruno Benassi, da Monte Bravo. A Liquigás tinha presença em todos os estados, com 23 centros de operação, cerca de 4,8 mil revendedores autorizados e 21,4% de participação no mercado emdash; o que equivalia a um em cada cinco botijões vendidos. Na época, o mercado considerou o negócio positivo tanto para a Copagaz quanto para a Petrobras, que buscava acelerar seu programa de desinvestimentos e focar na produção de petróleo. Além disso, a venda da Liquigás integrava o programa de privatizações do governo Bolsonaro, voltado à redução da participação do Estado em empresas públicas. 3. O botijão pode ficar mais barato? Eric Gil Dantas, do Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas Sociais (Ibeps), acredita que os preços podem diminuir. Ele discorda, inclusive, da análise majoritária no mercado de que a distribuição de GLP teria margens mais estreitas. O especialista cita um estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) que revela que, entre 2020 e 2023, as margens líquidas das distribuidoras de gás de cozinha cresceram 188%, bem acima da inflação. eldquo;Com a volta da Petrobras, há espaço para reduzir margens e trazer alívio ao consumidor. Mas isso depende se a estatal vai priorizar resultado financeiro ou bem-estar econômicoerdquo;, disse. Por outo lado, Benassi, da Monte Bravo, pondera que é possível reduzir o preço final, mas essa medida impactaria diretamente a rentabilidade da empresa. eldquo;Quanto menor o preço do botijão, menor será a margem da operação. A equação não é simples: reduzir preços pode agradar consumidores, mas compromete o retorno do investimentoerdquo;, afirma. Em relatório divulgado logo após o anúncio da Petrobras, analistas do Citi afirmaram que o retorno da empresa ao mercado de GLP é viável, mas deve ocorrer de forma gradual e custosa. O cenário mais provável seria a compra da Vibra ou de outro distribuidor relevante. Vale lembrar que a empresa também foi vendida pela Petrobras em 2019. Mas há barreiras contratuais emdash; como a licença da marca BR concedida à Vibra e a cláusula de não concorrência vigente até 2029 emdash;, que limitariam a velocidade com que a Petrobras poderia retomar completamente suas operações no setor de gás de cozinha. Segundo o Citi, essa iniciativa demandaria um desembolso estimado em US$ 7 bilhões (aproximadamente R$ 38 bilhões), um investimento elevado mesmo para a estatal. 4. Como é formado o preço do botijão de gás? Atualmente, o preço médio do botijão de 13 kg no Brasil é de R$ 107,82, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizado entre 7 e 13 de setembro. Além do custo de produção, o preço inclui impostos e as margens de lucro da distribuição e revenda. De acordo com dados da ANP, em 2022, quatro empresas concentravam 88,3% do mercado de distribuição de GLP no Brasil. A Copa Energia liderava o setor com 23,81% de participação; A Ultragaz ocupava a segunda posição, com 22,51%; A Nacional Gás era a terceira, com 21,55%; e Supergasbras, em quarto lugar, com 21,02%. 5. O que diz o setor de distribuição de GLP? O anúncio da Petrobras surpreendeu distribuidoras e revendedoras de gás, mas, segundo o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), não representa uma ameaça significativa à concorrência no setor. eldquo;Qualquer novo entrante que se submeta às mesmas regras do mercado é bem-vindo. O período em que a Liquigás fazia parte do setor foi considerado saudável para todoserdquo;, afirma o presidente do sindicato, Sérgio Bandeira de Mello. No entanto, ele acredita que a entrada da Petrobras provavelmente terá impacto limitado sobre a concorrência ou os preços. Segundo Bandeira, a principal forma de reduzir custos é aumentar a eficiência logística, por exemplo: otimizar rotas de entrega; usar georreferenciamento e telemetria para planejar abastecimentos; investir em inovação. 6. Como a entrada da Petrobras pode impactar a competitividade? Sérgio Bandeira destaca que, apesar da concentração, o setor continua competitivo para novos participantes. eldquo;Qualquer novo agente altera a dinâmica do mercado. A disputa é semelhante à de água mineral ou refrigerantes, com forte briga por pontos de venda e espaçoerdquo;, avalia o analista. Ilan Arbetman, da Ativa Investimentos, acrescenta que o efeito sobre a competição dependerá do modelo de atuação que a Petrobras escolher. eldquo;Se ela voltar apenas como distribuidora, deve disputar margens com concorrentes privados. Mas se avançar para a venda direta ao consumidor, com frota própria e pontos de revenda, pode mudar radicalmente o mercadoerdquo;, disse.

Supermercados desaceleram e margem é desafio, mostra relatório do Latam Retail

Supermercados desaceleram e margem é desafio, mostra relatório do Latam Retail

Levantamento da GT Analytics, plataforma formada da parceria entre Gouvêa Ecosystem e Future Tank, mostra aceleração bem mais modesta no segmento de varejo alimentar neste ano, e de que maneira a dificuldade em lidar com a volatilidade da inflação e a pressão em custos vem corroendo rentabilidade das empresas. Essa discussão deve fazer parte do Latam Retail Show 2025, evento do setor que começou nesta terça-feira (16), em São Paulo, e é realizado pela consultoria Gouvêa Ecosystem há dez anos. Na visão dos consultores, um grande desafio está na expansão das margens, porque as varejistas não conseguiram repassar integralmente a inflação para os preços, apesar do recente aumento da massa salarial. Para ler esta notícia, clique aqui.

Montadoras tentam definir teto para Imposto Seletivo

Montadoras tentam definir teto para Imposto Seletivo

A indústria automotiva pretende brigar no plenário do Senado para incluir no segundo projeto de lei de regulamentação da reforma tributária, o PLP 108/2024, um teto para as alíquotas do Imposto Seletivo (IS). A manobra pode garantir carga tributária menor que atual e conta também com articulação dos setores de bebidas alcóolicas, refrigerantes e bebidas açucaradas. Apelidado de eldquo;imposto do pecadoerdquo;, por incidir sobre produtos maléficos à saúde e ao meio ambiente, o IS terá alíquotas extras para serem adicionadas na taxa prevista de 28% para a CBS e o IBS. O regramento do IS foi definido na Lei Complementar 214/2025, sancionada pelo presidente Lula em janeiro. As montadoras de veículos tentam emplacar um teto de 3% ou 5%, o que definiria a carga tributária do setor em 31% ou 33%. O percentual é bem menor que a atual média de 47% com a cobrança de IPI, PIS/Cofins, que serão substituídos pela CBS, mais o ICMS e o ISS (futuramente agrupados na IBS). O pleito é da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e visa mudar o artigo 419 da Lei 214/2025, que instituiu a reforma tributária. O senador Jayme Campos (União-MT) apresentou o teto de 3% na emenda 378. A Anfavea patrocinou outra emenda, a 360, apresentada pelo senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), alterando o artigo 409 da Lei 214/2025. A emenda soma pleito de fabricantes de bebidas açucaradas e refrigerantes para definir alíquota de 2% para o IS, totalizando carga de 30% após a reforma ante 45% atuais. Bebidas alcóolicas buscam teto de 3% ad rem (volume) e 3% ad valorem (teor alcóolico), o que reduziria a carga atual de até 60%, conforme o tipo de bebida, para 34%. O setor ainda apresentará emenda. Há disputa entre entidades de destilados e cervejas para definir qual delas deve acionar um parlamentar para sugerir a emenda. O senador Efraim Filho (União-PB) foi procurado pelo Sindcerv (Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja). O relator do PLP 108, senador Eduardo Braga (MDB-AM), recusou-se a incluir os pleitos das emendas no relatório do projeto apresentado na semana passada. Braga deve apresentar um novo texto nesta quarta-feira (17), na CCJ do Senado, acomodando demandas de outros senadores. Ele sinalizou que não irá definir teto para o IS, segundo lobistas participantes da negociação. A recusa pode fazer o lobby dos setores brigarem no plenário do Senado, puxando as emendas para votação como destaques em separado. O movimento, contudo, exige coordenação junto às lideranças partidárias.

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