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Prévia da inflação acelera em novembro e índice acumulado de 12 meses encosta na meta

Prévia da inflação acelera em novembro e índice acumulado de 12 meses encosta na meta

O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15), considerado a prévia da inflação oficial, subiu 0,20% em novembro, de acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (26). Pesquisa da Reuters com economistas estimava alta de 0,18% em novembro. Houve uma aceleração na comparação com outubro, que registrou alta de 0,18%, mas, apesar disso, no acumulado de 12 meses, houve uma diminuição de 4,94% para 4,50%, atingindo assim o teto da meta de inflação de 3%, estabelecida pelo Banco Central, já que é aceita uma variação de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Os economistas ouvidos pela Reuters projetavam o acumulado em 4,49%. Para João Fernandes, economista da gestora de recursos Quantitas, o cenário vem se mostrando favorável à inflação, em especial nos últimos três meses. "O núcleo de inflação [medida que retira dos números itens mais voláteis, como alimentos e energia] está rodando em torno de 3,5% nos últimos três meses, bem abaixo da média histórica, que ficou entre 4,5% e 5% nos últimos 20 anos", aponta. Ele explica que isso se deve principalmente ao dólar desvalorizado emdash;a moeda americana recuou mais de 13% no ano até agoraemdash;, o que ajuda a reduzir preços de bens como vestuário, eletrodomésticos e móveis. Apesar disso, há preocupação com a inflação de serviços, impulsionada pelo mercado de trabalho ainda aquecido. "Os itens mais sensíveis a salário, como serviços de saúde e serviços pessoais, têm uma inflação mais alta." Na avaliação de Fernandes, o cenário mais provável é de que o BC comece a cortar juros em março do ano que vem, mas há uma chance grande de isso acontecer já em janeiro. "Projetamos uma inflação pouco acima de 4% para 2026, para uma meta de 3% do BC. Mas no início do ano que vem, o Banco Central já estará mirando o IPCA de 2027, e essa inflação de longo prazo estará mais perto de 3%, pelo efeito acumulado dos juros altos sobre a atividade." Adriano Valladão, economista especializado em inflação do Santander, reforça que boa parte do comportamento positivo da inflação no ano vem do câmbio valorizado, com a desaceleração do preço das commodities ajudando o IPCA. "Há uma segunda pernada nesse processo que é o efeito da política monetária, já que a Selic está em patamar restritivo há muito tempo", afirma ele, que projeta uma inflação de 3,9% no ano que vem, com o BC iniciando a redução nos juros em janeiro de 2026. Na terça-feira, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, afirmou que a autarquia tem como objetivo o centro da meta (3%) e não o limite superior. "A meta não é a banda superior. Dado que [a inflação] oferece flutuações, criou-se um e#39;buffere#39; [margem] para amortecer eventuais flutuações. Mas de maneira nenhuma a meta é de 4,5%", afirmou Galípolo durante audiência na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado. "Tenho que perseguir uma meta de inflação de 3%". Segundo ele, o BC, que vem mantendo a taxa básica de juros em 15%, ainda está insatisfeito com o nível da inflação. A autoridade monetária volta a se reunir para deliberar sobre a política monetária em 9 e 10 de dezembro, com expectativa de nova manutenção da Selic. O IBGE apontou que a maior variação e o maior impacto positivo no resultado do IPCA-15 de novembro vieram do grupo despesas pessoais, com alta de 0,85%. Isso foi influenciado, principalmente, pelos aumentos de preços em hospedagem (4,18%) e pacote turístico (3,90%). Também exerceu forte pressão a alta de 0,29% de saúde e cuidados pessoais com o avanço de 0,50% dos planos de saúde. Os custos de transportes tiveram alta de 0,22%, com as passagens aéreas aumentando 11,87% e compensando a queda de 0,46% dos combustíveis. A alta das passagens aéreas levou a inflação de serviços a subir 0,66% no período, segundo as contas do economista sênior do Inter, André Valério. Excluindo esse item, a inflação de serviços seria de 0,45%. "O resultado de novembro reafirma o processo de desinflação, apesar de alguma piora na margem no aspecto qualitativo. Mantemos a nossa expectativa de que o IPCA cheio continue desacelerando, o que faria com que a inflação encerrasse 2025 dentro do teto da meta de 4,5%", comentou Valério, vendo assim condições para o BC iniciar o ciclo de queda da Selic na reunião de janeiro, com corte de 25 pontos-base. O grupo alimentação e bebidas, que exerce o maior peso no índice, voltou a apresentar avanço dos preços, de 0,09%, após cinco meses de queda, com aceleração da alta de alimentação fora do domicílio a 0,68%. "[Apesar da alta], os preços dos alimentos seguem surpreendendo positivamente para baixo", comentou Mariana Rodrigues, economista da SulAmérica Investimentos. A mais recente pesquisa Focus realizada pelo BC, divulgada na segunda-feira (24), mostra que a expectativa de especialistas é de que a inflação termine este ano a 4,45%, caindo a 4,18% em 2026. "Os dados mostram que a inflação está convergindo para o centro da meta. O mercado financeiro esperava um resultado um pouco melhor, mas ele converge com o cenário esperado pela Apas, de estabilização da inflação", avaliou Felipe Queiroz, economista-chefe da Apas (Associação Paulista de Supermercados).

Governo defende vetos de Lula a licenciamento ambiental às vésperas de apreciação no Congresso

Governo defende vetos de Lula a licenciamento ambiental às vésperas de apreciação no Congresso

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) emitiu uma nota defendendo a manutenção dos vetos presidenciais feitos ao projeto de lei que trata do licenciamento ambiental, às vésperas da apreciação da pauta no Congresso. "Os vetos foram estabelecidos com base em avaliações técnicas e jurídicas criteriosas, com a participação da comunidade científica, ouvindo diversos setores da sociedade", diz a nota. Em agosto, o presidente vetou 63 pontos da lei que flexibiliza e simplifica o licenciamento ambiental e apresentou um novo projeto de lei para discutir os pontos mais sensíveis da proposta com o Congresso Nacional mais uma vez, além de editar uma MP (medida provisória) para fazer com que a chamada LAE (Licença Ambiental Especial) passe a valer imediatamente. "O governo do Brasil agiu dessa forma considerando o preocupante cenário de desastres climáticos extremos, que impõem riscos às famílias, à economia e ao meio ambiente. A eventual derrubada dos vetos pode trazer efeitos imediatos e de difícil reversão, especialmente em um momento em que a sociedade sente os efeitos dos desastres de Mariana e Brumadinho e de catástrofes climáticas como as recentemente vividas no Paraná e no Rio Grande do Sul", diz. Entre os pontos elencados, o governo Lula cita garantir a integridade do processo de licenciamento, prover segurança jurídica a empreendimentos e investidores, incorporar inovações que tornem o licenciamento mais ágil e assegurar os direitos de povos indígenas e comunidades quilombolas. Ainda na defesa, a gestão cita o fato de o Brasil ter acabado de sediar a COP30 (Conferência Climática da ONU), em Belém (PA) e, portanto, merecer uma legislação robusta e avançada sobre o licenciamento. A LAE, como revelou a Folha, foi impulsionada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e permite ao governo federal escolher projetos, por meio de um conselho político, que passam a ter prioridade no processo de licenciamento. Ela pode beneficiar a exploração de petróleo na Foz do Amazonas. O posicionamento do governo petista ocorre em um momento de tensão com o Legislativo. Nesta semana, Alcolumbre incluiu uma pauta considerada bomba para o orçamento do governo, em reação à escolha de Lula de indicar Jorge Messias ao STF (Supremo Tribunal Federal), ao invés de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sua escolha para o cargo. "O Governo do Brasil reafirma sua disposição ao diálogo e à construção de soluções equilibradas, de forma a evitar um retrocesso ambiental, social e institucional, com impactos diretos na vida das pessoas e na capacidade do Estado de orientar o desenvolvimento de forma sustentável e juridicamente segura", finaliza a nota.

Petrobras deve cortar investimentos para enfrentar petróleo mais barato

Petrobras deve cortar investimentos para enfrentar petróleo mais barato

A Petrobras deve reduzir investimentos e recuar em alguns projetos no seu novo plano de negócios para os próximos cinco anos, que será anunciado nesta sexta-feira (27). Os ajustes têm o objetivo de adequar a estratégia da companhia à nova realidade de preços do petróleo. No plano anterior, elaborado com o petróleo Brent acima dos US$ 80 por barril, a Petrobras projetou investir US$ 111 bilhões (cerca de R$ 600 bilhões, pela cotação atual) entre 2025 e 2029, o maior valor desde o último plano aprovado durante o governo Dilma Rousseff (PT). Agora, com o barril na casa dos US$ 60 (R$ 320), o valor para o período entre 2026 e 2030 deve ir a US$ 106 bilhões (R$ 570 bilhões). Fontes ouvidas pela Folha afirmam que, além do corte no valor total, a estatal vai reavaliar projetos que eram considerados viáveis pelo plano anterior e precisam ser revistos sob as condições atuais. É uma forma também de postergar os projetos sem impacto no investimento total. A carteira de projetos em implementação deve ser reduzida de US$ 98 bilhões (R$ 530 bilhões) para US$ 91 bilhões (R$ 490 bilhões) e a de projetos em avaliação, elevada de US$ 13 bilhões (R$ 70 bilhões) para US$ 15 bilhões (R$ 80 bilhões). A Petrobras não antecipa números nem detalhes sobre o plano, mas em declarações recentes, a direção da empresa já havia indicado que ao menos dois projetos voltariam à fase de avaliação: a revitalização de campos maduros da bacia de Campos e a produção de reservas em águas profundas em Sergipe. Não há expectativa de impacto em grandes projetos do pré-sal, que se sustentam com petróleo mais barato. Mas o cenário deve afastar ainda mais a Petrobras de energias renováveis e dificultar aquisições, como a de participação na produção de etanol, anunciada no plano anterior. A possibilidade de ajustes no plano é celebrada por investidores e questionada por sindicatos. Para uma fonte próxima à administração, indica que a direção da companhia convenceu o Palácio do Planalto de que precisava adequar os números, mesmo considerando eventuais impactos às vésperas da eleição. As projeções de preço do petróleo são desanimadoras para a indústria, com analistas chegando a falar em US$ 50 (R$ 280) por barril. Nesta quarta (26), o Brent fechou cotado a US$ 62,54 (R$ 334) por barril, pressionado por sucessivos aumentos de produção em países exportadores sem resposta da demanda. O plano atual da Petrobras projetava o petróleo a US$ 83 (R$ 443) em 2025 e depois caindo gradualmente até atingir US$ 69 (R$ 368) por barril em 2029. Sem ajustar os investimentos à nova perspectiva de receita, dizem fontes, a Petrobras teria dificuldade em manter sua política de dividendos sem estourar o teto da meta de endividamento, que é de US$ 75 bilhões (R$ 400 bilhões) emdash;no terceiro trimestre, a empresa já tinha US$ 71 bilhões em dívidas. "A companhia deve ter que fazer escolhas delicadas", escreveu no início do mês o analista Daniel Cobussi, do BB Investimentos. "O momento atual de commodity pressionada pode conflitar com as elevadas expectativas que o mercado tem em relação a dividendos e baixa alavancagem." Para os sindicatos de trabalhadores da companhia, investimentos deveriam ser priorizados sobre dividendos. "Há uma demanda não só dos atores de mercado, mas do próprio governo, para a manutenção de dividendos", diz Mahatma Ramos, diretor técnico do Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos em Petróleo, Gás e Biocombustíveis), ligado à FUP (Federação Única dos Petroleiros). A estatal brasileira não é a única a tomar a decisão pelo corte de investimentos. Em setembro, a francesa TotalEnergies anunciou que reduzirá em US$ 1 bilhão o investimento médio anual pelos próximos quatro anos. Lançou ainda uma iniciativa para cortar US$ 3,5 bilhões em custos. Outras empresas europeias, como a britânica BP e a norueguesa Equinor anunciaram desde o ano passado guinadas estratégicas para ampliar o foco em projetos mais rentáveis de produção de petróleo e cortar investimentos em energias renováveis.

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